Eu estava caminhando,
aguentando a fúria torrencial sobre mim.
Uma força me parou e eu o encontrei,
o véu da moça de branco.
Aproximei o tecido sobre o meu rosto.
Senti tudo o que não deveria.
Sensações adversas.
Transmissão de sentimentos passados.
Eu fiquei triste de tanta decepção amorosa.
Enfureci de ver tudo o que estava errado,
e nada podia fazer.
Um aperto no coração,
remorso com sensações rápidas de prazer.
Quando eu coloquei o véu as sensações aumentaram.
Enxerguei cenas daquela moça.
Cenas adversas.
Transmissão de memórias passadas.
Noites de terror e incertezas financeiras.
Orações que os Deuses não ouviam.
Surras e tapas conjugais.
Arremessei o véu longe,
não aguentei o que eu vi.
Continuei caminhando rua à frente.
O véu da moça de branco se desmanchou.
Afundou-se naquela poça suja de chuva.
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